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Para Ele: Por que um Anel de Noivado?


Para ele:

“Claro que você pode ir direto ao ponto. Sem rodeios. Pode desenhar o seu amor em linhas retas e precisas, pode ser pragmático na hora e praticar a engenharia sentimental mais germânica. E sim, isso pode até dar certo. Afinal, no amor e na guerra…

Mas não é sobre guerra que estamos falando, certo? O amor não é só mecânico e funcional. Ele requer cuidado. É um bicho que pede voltas e floreios, um combustível para a paixão. O amor quer vazar por todos os poros, e tentar segurá-lo é como tentar segurar água entre as mãos. Simplesmente não funciona. E aí? Aí perde a graça. O amor, meu caro, faz você ser quem você realmente é. Faz você se sentir vivo.

E o que você sente, em última análise, é o que fica. A vida é essencialmente essa bagunça, um coquetel de emoções e lembranças, e é esse o gosto que faz ela valer a pena.

O amor vive dos detalhes aparentemente desnecessários. Como um anel de noivado. Pra que usar anel antes, se você já vai casar?

Porque ela sonha com esse pedido de casamento. Porque ela vai lembrar todos os dias, ao acordar, daquele momento. Imagine toda a antecipação e a lembrança constante do que está por vir. Cada vez que ela olhar para aquela argolinha no dedo dela, vai vir o frio na barriga e a contagem regressiva, todas as promessas e os planos feitos a dois. Um mês, um ano, não importa o quanto dure. Dura o suficiente.

Vivemos assim, alegoricamente, e esses pequenos símbolos são pedacinhos daquilo que temos de mais humano. Nosso pequeno carnaval particular. Por que tomar um banho, se você vai se sujar depois? Ou cortar os cabelos, se voltam a crescer? Por que sair da cama de manhã? Quando você pensa assim, muito pouca coisa faz sentido. Um anel noivado vira só mais um status de facebook. O amor, visto desse jeito, é um grande despropósito. Insensato e bobo. E aí é o fim de todas as aventuras e descobertas.

Mas isso é conversa de quem nunca amou. Na República Popular do Amor, a burocracia mata os símbolos e afoga exatamente aquilo que nos faz vibrar.

Particularmente prefiro ser do avesso, bobo e insensato. Prefiro amar.”

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